Imaginem uma reunião entre Sandler e Dugan pensando no próximo filme.
– 2013. Tenho que pagar minhas contas, James, Spade e Rock também. O que fazemos?
– Gente Grande fez uma bilheteria aceitável.
– Gente Grande fez uma bilheteria aceitável.
– É, mas como fazer uma continuação?
– Sei lá, eu acho que reaproveitando algumas das piadas que ficaram de fora do outro ou somando aquelas nossas conhecidas com os personagens já dá para pensar em algo.
– Schneider?
– Ficará de fora desse.
– Quais piadas que poderíamos reaproveitar?
– O de sempre: flatulências, brincar com preconceitos, gritos, vômitos, mulheres sonhadoras e infantis. Não podemos fugir da fórmula.
– É, mas sinto que o público está querendo algo mais. Podemos usar alguns fatores que não utilizamos antes. Surpreendê-los. Ei, que tal um veado encarando você enquanto você acorda em sua cama? E, quando a sua mulher grita, ele começa a mijar em você porque se assusta, hein?
– Uau! Genial. Podemos usar isso. E daí ele começa a correr pela casa e entra no banheiro para flagrar o seu filho se masturbando em um banho mais demorado?
– Perfeito. Podemos fazer uma piada com isso também. Adolescentes adoram!
– Estamos chegando a algum lugar. Minha filha pode usar um sapato bizarro para apontar como é estranha, que tal? E o filho do Kevin pode ser burro. É, isso seria demais. Tipo, ele dizendo que sete mais nove é 79, sabe?
– Boa! Podíamos utilizar uma criança proferindo frases de efeito também, né? O filho do personagem de Rock. Ah, já sei. A mulher esquece o aniversário do marido. Isso seria inédito. Aí o filho pequeno diz: isso foi pesado, cara.
– Ele podia rosnar como um pequeno cachorro e ficar dançando. É, as pessoas adoram crianças dançando. E se ele morder?
– Acho muito bom. Precisamos de pessoas mordendo umas as outras. Uma lavagem incomum também seria legal.
– O que tem em mente?
– Ao invés de usar mulheres, podíamos colocar homens com shorts apertados lavando carros. Usar o fator surpresa. O personagem de Meadows podia falar só “whattt” em voz aguda, certo? Que tal a família toda? Sim. Os filhos e a mulher só falam isso. Mais nada. Outra coisa: nós colocamos os protagonistas encontrando versões mais jovens de si próprios e fazem uma batalha de piadas.
– Eu adorei a ideia, mas será que não estamos colocando personagens demais?
– Nada. Encerramos com uma batalha gigantesca com todo mundo se enfrentando.
– É, podemos fazer isso. Mas falta alguma profundidade. Podíamos sugerir que a culpa do racismo atual é do Obama.
– Como faríamos isso?
– Ah, o personagem do Rock grita em um momento pelo racismo que está sofrendo: “Foda-se Obama”.
– Ótimo. Acho que temos um filme.
– É! Temos um filme.
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