25 de novembro de 2007

Essa coisa que se chama "Sétima Arte" (Especial)

O Mundo ultimamente tem sofrido. Não falo sobre esses "assuntos do momento"(inversão térmica , aquecimento global), que são igualmente importantes ; falo sobre as pessoas. As pessoas estão cansadas de sofrer. Não há mais lugar para voltarmos os olhos. Vemos a politica: é só corrupção. Vemos o nosso planeta: desastres ecológicos. As pessoas estão a cada dia mais tristes. Para muitos(como eu) a unica saída é viver um tipo de viagem virtual , uma coisa que vai ter um final feliz; um mundo com pessoas conscientes. Uma Utopia. Isso é a minha paixão. O Cinema. Eu não tenho como descrever esta forma de expressar o que o ser humano sente nas mais variadas épocas.

Esse pequeno parágrafo foi o melhor que consegui transmitir para você , meu grande amigo leitor. Você que me acompanha desde o começo do blog ; viu o quanto uma pessoa pode evoluir em gosto , escrita , tudo. Eu tenho um carinha especial para esses leitores. Os novos são igualmente importantes. Posso listar algumas das pessoas que melhor tecem comentários por aqui. Moretto (que tem um dos melhores bloggues , que tive o prazer de ler , neste tempo na internet) , Bernardo ( que o seu bloggue Reflexões , é ótimo nos seus mais variados posts) , entre outros. Tenho grande carinho por pessoas que me acompanham desde o inicio. Janaina , Marcaum , Mayana ; e amigos que sempre me apoiaram ( esses os que julgo mais importante) , Inácio , Odilon , Rafinha , meu bom amigo Daniel (que curiosamente , foi ele que me fez querer ser critico de filmes). E aqueles que estão chegando agora. Saibam que serão muito bem recebidos. Quanto mais leitores melhor o critico se sente.

Tenho muitas coisas para agradecer nesta vida destinada ao cinema. Desde as piores coisas até as melhores. O cinema faz e sempre fará parte da minha vida. Foram muitas emoções em todos esses 18 anos voltados ao cinema : Meu primeiro filme - A Experiência ; minha primeira paixão - Neve Campbell em Pânico ; minha crítica - O Senhor dos Anéis - as mortes dolorosas - Jerry Orbach , Christopher Reeve , Bergman , são muitas coisas para reelembrar. Mas o motivo deste post foi para ser um tipo de diário. Eu vejo nos bloggues pessoais que a maioria tenta colocar as magoas para fora. Eu ficava triste com isto , mas hoje eu entendo. Alguma coisa , um milagre , algo tem de acontecer. O mundo anda triste , e ficando cada vez pior. Quando o cinema começou com os irmãos Lumiere , nas telas da época eram passadas cenas comuns do dia-a-dia. A estrada por onde passavamos, a ponte da cidade , entre outros. O cinema sempre conseguiu colocar os sentimentos das pessoas em progessão. Na crise de 29 colocou "Cidadão Kane". Em 40 Superações relacionadas com a guerra. Em 60 "Uma Rua Chamada Pecado". Em 70 , 80 os musicais "Embalos de Sabado a Noite" e "Grease" tomaram espaço. Hoje os idolos são os "anti-heróis". Exemplo como o capitão Nascimento no filme "Tropa de Elite". Hoje conhecido por todos os brasileiros.

O cinema funciona como escape deste mundo triste ; portanto , veja a proxima comédia romântica , e não saia triste por não ser um grande filme. Saia feliz por esquecer dos seus problemas ao menos por uma hora e meia. E agradeça a Deus por termos ao menos o cinema para nos refugiarmos. Peço que os leitores deste blog agradeçam por termos esta coisa fabulosa que se chama "Sétima Arte".

2 de novembro de 2007

Nem Tudo é Relativo (Teatro)



É isso mesmo que vocês leram pessoal. Hoje o blog vai fazer uma critica de um teatro. Fugiremos um pouco dos filmes Hollywoodianos e entraremos num mundo novo - o teatro. Sou meio novo nesta area , mas foi uma das peças mais divertidas que tive a oportunidade de ver , em poucas idas ao teatro. A peça do professor Rafael Jadoski não ajuda só vestibulandos , mas pessoas que querem se divertir e ter um aprofundamento maior na fisica. E isso é muito bem representado na peça.

A peça traz um personal trainer que utiliza o High Stress Vestibular Fitness (programa que usa o dia-a-dia do vestibulando para malhar e entender o comportamento da massa da relatividade), e Ana Maria Benga, que apresenta o programa Mais V=C, fazendo referência a velocidade da luz, passando por Bin Laden explicando a confecção de uma bomba atômica.

Talvez o unico problema da peça seja sua iluminação. Ramon Santos e Edwin Yokota que ficaram no encargo da parte tecnica ficam confuso em algumas horas. As cenas em que Jadoski tenta andar pelo palco , a iluminação não o segue , dificultando a cena e parecendo que o espectador está tendo só uma aula , e não uma peça. Mas é só poucas cenas em que esse erro acontece.

Os destaques da peça são as cenas de Einstein e Newton. Até o espectador que não se animou com a peça em seus minutos iniciais , não consiguirá segurar o riso nas cenas dos duelos de Einstein e Newton. É de uma excelencia e irreverencia que chega a dar inveja. As trilhas que marcaram epocas no cinema , também estão presentes nesta cena. Desde Rocky - O Lutador , até Mortal Kombat. Até a barra de marcar vida dos fisicos está presente na cena. Simplismente sensacional. Ainda na cena , a presença que marca é a de Chico Lima como Isack Newton. Está simplismente brilhante. A cena em que fala para Jadoski - "meu homem" - é impossivel segurar as palmas (confesso que eu fui um dos que começaram).

Em relação as atuações. O elenco não é profissional , mas está num ótimo caminho. Destaques para Chico Lima e sua performance como Isack Newton ; Rafael Reüs como Einstein ; Joana Cardoso como a "pegadinha do diabo" também merece um grande destaque. Está muito bem em cena. E consegue transmitir o seu personagem do jeito que deveria. Destaques para cenas dela com Jadoski , e na passagem do tempo. Agora , nada se compara ao carisma de Rafael Jadoski. Além de nos mostrar uma otima peça , nos traz seu enorme carisma. Desde sua primeira cena inicial com terno , até sua cena como "anjinho" , para a loucura das mulheres na platéia.

A peça é uma boa pedida para os vestibulando e para os que querem aprender fisica de uma maneira mais divertida , como eu disse no começo do texto. As cenas dos duelos entre Newton e Einstein , as cenas da "pegadinha do diabo" , e a cena da maozinha mandando Einstein para o "quinto dos infernos" são fabulosas. E nada mais verdadeiro como as cenas de agradecimento de premios. Algo muito presente(e irritante) no Oscar ultimamente. Quem ainda não viu e mora em Florianópolis corra, pois a peça só vai ter mais duas sessões : De 10/11 a 11/11 ,sabado e domingo, às 19h , no Teatro da Catedral - Antigo Cine Hitz. E como Jadoski diria num final de dia , ou de texto - neste caso - , e algo presente nesta peça. "Um bom final de semana para vocês , e sinceros votos de que ninguém... MORRA".

(4 estrelas em 5)



Agora vou publicar uma entrevista que tive a oportunidade de fazer com Jadoski no final da peça:

Andrey : Quando e como você pensou em em fazer a peça?
Jadoski: Eu já a tinha em mente a 4 anos , mas foi só nos ultimos meses que passei realmente a escreve-la.

Andrey : Qual foi o intuito?
Jadoski: Melhorar a matéria para um vestibulando , afinal tem gente que nem sabe o que é o efeito fotonelétrico , e que foi por ele que Einstein ganhou o premio Nobel.

Andrey : Quando tu conseguiu começar a fazer a peça?
Jadoski: Nos ultimos meses. Com o apoio dos patrocinadores , ficou mais fácil.


Andrey : Os atores já eram seus conhecidos?
Jadoski: Eu já conhecia a Joana , aí ela me apresentou o resto do pessoal.


Andrey : Ficou satisfeito com a estréia?
Jadoski: Estou radiante. Mas um pouco cansado.

Andrey : Pretendem ir para outras cidades?
Jadoski: Já estamos tentando fechar negócio com as cidades de Mafra e Porto Alegre. Em Porto Alegre queremos o Teatro São Pedro. Mas é dificil conseguir vaga.

Andrey : E Curitiba?
Jadoski: Vamos esperar a peça ficar mais conhecida , e faremos um tour pelo país(risos).

Andrey : Já tem alguma outra peça em mente?
Jadoski: Sim. Tenho muitas ideias para uma nova peça.

Andrey : Vai continuar esta mesma peça nos anos seguintes? Vão incrementar coisas novas?
Jadoski: Continuaremos a peça. Algumas coisas novas poderão pintar , mas a base é esta que o pessoal viu.

Andrey : Esta foi a primeira peça que você escreveu?
Jadoski: É sim. Pensei nela durante 4 anos. É um sonho que se realizou.

Andrey : Como foi a publicidade?
Jadoski: Perfeita. Muit boa mesmo. Entrevistas na Band , no Bom dia Santa Catarina , e comerciais na RBS. Graças aos patrocinadores. Livrarias Catarinense , Só Exatas...

Andrey : Você pegou inspiração de outras peças , ou você é novato no ramo?
Jadoski: Vi muitas peças , mas nunca uma propriamente de Fisica.

Andrey : Foi dificil conseguir alguem para bancar a peça?
Jadoski: É. Um pouco. É dificil achar patrocinadores para uma peça de fisica. Só quando viram que seria uma peça engraçada também , que eles aceitaram participar do projeto. Eles pensam no publico e não se a peça vai ser boa para um vestibulando. Mas no final tudo saiu bem. Dividimos entre nós(atores) , e os patrocinadores ficaram no encargo de arranjar entrevistas e comerciais para a peça. Tudo deu certo - graças a Deus - no final.

Abraço para o grande Rafael Jadoski por me conceder seu tempo , nesta ótima entrevista.