Die geliebten
Schwestern,
Alemanha, 2014. Direção: Dominik Graf. Roteiro: Dominik Graf. Elenco: Hannah
Herzsprung, Henriette Confurius, Florian Stetter. Duração: 138 min.
Girando em torno de um ménage
à trois sparskiano, Duas Irmãs, uma Paixão apresenta uma pequena província
alemã, onde uma disputa pela atenção de um poeta chamado Friedrich Schiller
influencia diretamente o relacionamento amoroso entre duas irmãs – Lotte e Line.
Desenvolvendo diálogos
risíveis, como aquele em que uma personagem diz que não acredita ter a coragem
necessária para amar ou quando outro diz que é importante para uma história de
amor existir obstáculos, o trabalho do diretor Domink Graf tenta emular a
sensibilidade épica de Joe Wright, mas sem a certeza do que está fazendo.
Assim, a montagem confusa (as letras indicativas da época são de uma estupidez
ímpar, inclusive) e os seus constantes closes são constrangedores. O mesmo se
pode dizer da trilha sonora onipresente com seus tons agudos no piano tentando
transmitir algo melancólico.
Por sua vez, ainda mais
hilário, são as cenas escolhidas por Graf para produzir o melodrama da história
de amor do triângulo amoroso. Desta forma, o poeta indo em direção à água sem
saber nadar para resgatar uma criança é sabotada não só pela falta de tensão,
mas pelo uso de um cachorro ao tentar gerar graça da situação. Além disso, as
mãos dadas das irmãs para aquecer o rapaz só não conseguem ser mais bregas do
que a narração sem sentido algum ou Schiller entrando numa sala como professor
apenas para ser aplaudido.
Assumindo-se como um
dramalhão de quinta categoria ao decorrer da narrativa, Duas Irmãs, uma Paixão
é um filme leve, imaturo e inadequado. E é surpreendente que não seja o nome de
Glória Perez ao aparecer nos créditos finais.
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